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Mostrando postagens de janeiro 9, 2019

Sobre amor e perda

Eu era muito menina quando fiquei sabendo da sua chegada. Não nasceria de mim, mas nasceria para mim. O destino estava marcado. Este foi o mistério revelado quando espiei pela janela da maternidade a cabeleira preta e as bochechas rosadas e comemorei sua chegada. Não recordo da primeira vez que a peguei no colo - coisa da pouca idade, mas lembro de todas às vezes, em que a segurei nos meus braços enquanto chorava de bebezinha à adulta, passando por todas as fases. É difícil acreditar que não terei mais seu cheiro, nossas trocas de carinho e olhares, aquele eu te amo tão sincero, tão apaixonado. Era amor. Sempre vai ser. As lembranças que tenho do mundo sem ela, são tão vagas e agora tenho que olhar para tudo e saber que não está em nenhuma parte. Procuro sua presença a noite nos meus sonhos, mas tudo ainda é tão desconexo. Espero a tempestade dos meus olhos passar, para o sol do que foi sua existência deixar tudo mais claro.  É a única esperança na qual