Há alguns dias atrás me permiti mergulhar mais fundo em minhas memórias de infância, reencontrando no fundo de olhos cansados pelo passar dos anos, muito do que fui quando criança. O primeiro professor incontestavelmente deixa sua marca na vida do aluno, mas um educador que com poucos recursos consegue mostrar o mundo para um pequeno ser que aprende, num lugar distante de tudo, este sim é digno de todas as honras. Não temos registros que comprovem o que vivemos. Falamos de uma época onde tudo era escasso. Restrito. Guardo comigo apenas boletins escritos a caneta, lembranças do pouco que tínhamos e do muito que faltava, mas nunca me esquecerei daquela janela e ela. Sim! Foi de uma pequena janela de correr na beirada do galpão, por onde observávamos o pouco de vida que passava lá fora que ela em sua simplicidade e paixão pelo oficio me mostrou que existia um mundo imenso a explorar. Não ali, mas além e que eu poderia chegar – se continuasse sendo teimosa, como a brava Ana Terr