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O amor

Forte. Indestrutível. Assim é o amor.

Bem mais do que uma confusão de pernas e um embaraço de línguas.

Muito mais do que palavras bonitas e cartas apaixonadas.

Ele é infinito. Não se acaba quando finda o papel,

Nem se consome com as chamas que insistem em devorar velhos bilhetes.

Muito menos se cansa como as mãos que escrevem frases de amor repetidas.

Falar de amor é dizer o que se sente usando sempre os mesmos adjetivos,

Mas deixando fluir a cada vez, uma emoção nova.

Amor é isto! Que disser outra coisa é besta.

Amar é ver adormecer dois corpos suados, 

Totalmente, entregues ao prazer, e sentir a vida correr em suas veias,

Num momento mágico, onde não há necessidade de porquês.

Pois, sentir amor e sentir-se amado é tocar o céu - paraíso da boca de quem se ama,

E ver estrelas no escuro de um quarto.

Assim, todas as vezes em que disse o quanto te amo,

Teriam perdido o sentido se ao menos uma vez eu disse-se que já não te amo mais.

Afinal, o amor não deixa de amar como quem nega um beijo,

Ou um último olhar.

Que raio de amor seria este que trago comigo,

Que se permitiria morrer na primeira briga?

O amor é mais do que palavras furiosas, gestos felinos

E a dura previsão dee um adeus,

Pois consegue ir além do que foi dito e supera o que foi feito.

Então que amor seria este que trago, se agora depois de tudo desfeito,

Negasse o sentimento que ainda habita me peito?

Meu amor é assim: Forte. Indestrutível. 


De algum lugar, em 30 de janeiro, de 2001.

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Você não deve dar crédito aos meus devaneios, Nem dizer que são feios os rabiscos que eu chamo de poesia. Você tem que continuar agindo com calma, Sem se preocupar com todas as fantasias que habitam minha alma. Nunca falei para alguém tudo que é importante para mim, Nem do fascínio que devoto por olhos assim. Então, quando fitei pela primeira vez, este céu sem lua, Percebi que jamais dormiria sossegada querendo tê-los para mim. Teu olhar castanho, que mostra teu ar tristonho, Nunca me falou dos sonhos teus. Mas despertou o brilho adormecido dos meus. Só te peço que não me judie, que não negue teu amor para mim. Eu não saberia amar outros olhos. Outros olhos assim. Porto Alegre, 27 de novembro, de 2001. Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autori