Desmistificando o Autismo
O autismo ainda é cercado por muitos estereótipos e equívocos. Muitas
pessoas veem os autistas apenas como indivíduos que evitam luminosidade,
barulho e toque. No entanto, essa visão é limitada e não reflete a diversidade
deste espectro. Cada autista possui sua individualidade, e é crucial entender
esse universo de forma abrangente.
Durante a cheia
histórica no Rio Grande do Sul, Nathalia atuou como voluntária em um abrigo
específico para famílias atípicas. Lá, ela observou a realidade das crianças
autistas desde a hora em que acordavam até a hora de dormirem. "Vi muitas crianças carinhosas e falantes, o
que reforça que cada uma delas é única e que precisamos desmistificar o
esteriótipo de que as pessoas com autismo não falam ou não gostam de abraços,
por exemplo. Cada um tem o seu jeitinho e isso precisa ser respeitado. Existem
sim as pessoas com autismo não verbais, as que não gostam de contato físico de
interagir, assim como tem os que socializam de forma mais abrangente”, comenta
a advogada. Essa experiência prática destacou ainda mais a necessidade de
Nathalia de reconhecer a individualidade de cada autista e romper com
preconceitos.
A importância do cordão de girassol
O cordão de
girassóis é um símbolo que identifica pessoas com deficiências ocultas, aquelas
que não são facilmente perceptíveis no cotidiano. Em 17 de julho de 2023, o
Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei 13.146/2015) reconheceu este acessório como
símbolo nacional de identificação de pessoas que vivem dentro destas condições.
“O autismo é uma dessas deficiências, e muitas vezes não é visível à primeira
vista, o que pode levar a mal entendidos em situações como o uso de filas
preferenciais”, exemplifica a escritora.
Autismo: Quando o diagnóstico chega
A advogada e escritora está trabalhando no lançamento do livro “Autismo:
Quando o diagnóstico chega”, onde participa como co-autora da obra abordando o
caminho jurídico a ser percorrido após a confirmação do diagnóstico.
Nathalia destaca
também o grande número de diagnóstico de pessoas adultas e o quanto
a identificação do espectro autista na idade adulta impacta na vida das pessoas
e daqueles que estão ao seu redor, e o que vem passado o momento desta
descoberta. Neste ponto chegam às respostas para questionamentos feitos durante
toda a sua existência, como “agora eu sei por que não conseguia fazer ou não
gostava de tal coisa”. É a partir deste momento que segundo ela, os autistas
encontram um norte de onde é possível seguir, a partir do diagnóstico. “Para
auxiliar nesta nova etapa após a confirmação do diagnóstico, a leitura aborda
questões de direitos, médicos, terapias, e todas as informações necessárias
após a descoberta”, destaca.
Diário Azul
Dentro desta
mesma temática a advogada já está na quarta edição do livro Diário Azul, lançado
pela primeira vez em 2020. O projeto desenvolvido pela Causa Nobre, tem a co-autoria
de Nathalia que desde a primeira edição aborda os direitos e garantias das
pessoas com autismo. A obra tem o
intuito de trazer luz ao tema do autismo, informando a sociedade, diminuindo
preconceitos e aumentando a empatia e as políticas públicas voltadas para a
causa. Contribuindo assim, para conscientizar e inspirar as pessoas a
compreender melhor as necessidades e desafios enfrentados por pessoas autistas.
Sobre a data
O Dia Mundial do Orgulho Autista
é uma oportunidade para celebrar a diversidade e as capacidades das pessoas no
espectro do autismo. É um momento para reconhecer suas conquistas, promover a
compreensão e desafiar os preconceitos. Com iniciativas como os livros
“Autismo: Quando o diagnóstico chega” e "Diário Azul", além do
reconhecimento do cordão de girassóis e o que apresenta a imagem de peças de um
quebra cabeças, estamos avançando para uma sociedade mais inclusiva e empática.
“Vamos celebrar o orgulho autista e continuar trabalhando para um mundo onde
todas as individualidades sejam respeitadas e valorizadas”, convida a escritora
e advogada que também relata ser seguidamente questionada sobre a sua caminhada
em prol dos autistas e se possui filhos ou familiares autistas. Nathalia diz
que quando foi convidada pela Causa Nobre para participar como co-autora do
livro Diário Azul aceitou na hora e mergulhou nesse universo, buscando
informações e se especializando cada vez mais, tendo inclusive feito o curso de
pós graduação em Transtorno do Espectro
Autista TEA.
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