"Só preciso que me ajudem a não desistir”, diz eldoradense que perdeu tudo na enchente


A história de Ana Júlia Oliveira, mãe e empreendedora de Eldorado do Sul, que viu a água levar sua residência, seu carro e o bazar que mantinha há 14 anos, como fonte de sustento para ela e seus dois filhos, se soma a tragédia que afetou a vida de milhares de gaúchos no mês de maio. Em seu relato, a eldoradense narra que esta foi a terceira enchente em menos de seis meses que invadiu sua casa e a cidade. A água que desta vez chegou ao telhado, inundou completamente seu comércio, deixando para trás apenas dívidas. Sem seguro residencial ou automotivo, a família agora depende do apoio de parentes, amigos e uma vakinha online solidária para recomeçar.

"Perdi todos os meus móveis em setembro na primeira cheia e ainda estava pagando por eles. Desta vez, saí apenas com uma muda de roupa, pois não imaginávamos a proporção do desastre. Perdi tudo em minha casa, na casa de meus pais, e no meu comércio. Meu carro ficou submerso. Não tenho economias, pois tivemos gastos com saúde no início do ano, quando meu filho Miguel colocou uma prótese no coração. Sobraram-me apenas muitos boletos da loja e uma imensa vontade de seguir em frente", desabafa Ana Júlia.

Ao lado do marido, dos filhos, seus pais e a irmã, a comerciante se abrigou na casa comprada para lazer da família em Magistério, no litoral norte do estado. Onde encontrou apoio, atendimento médico e auxílio com doações. Na volta para cidade onde residia, a mãe ouviu um pedido da primogênita, Isabella, de 11 anos: “Não deixa meus filhos morrerem na enchente", referindo-se as bonecas. Impactada por tudo que viu e está vivendo, a menina tem passado os dias produzindo brinquedos com papelão e cola para se distrair.

No apelo feito na vakinha online que criou para se reerguer após a tragédia, a empreendedora faz um apelo tocante: "Só preciso que me ajudem a não desistir. Hoje preciso, mas nunca deixarei de ajudar meu próximo também. Que Deus abençoe a todos nós, e que um dia esta dor acabe e possamos voltar a sorrir".

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