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Lei Maria da Penha completa 17 anos combatendo a violência contra mulheres

Crédito: Fotorama

O mês de agosto marca os 17 anos, em que foi promulgada a Lei Federal nº 11.340, conhecida como Lei Maria da Penha, marco importante na luta contra a violência doméstica e familiar direcionada às mulheres no Brasil. A legislação, que recebeu o nome em homenagem à farmacêutica Maria da Penha Maia Fernandes, tem sido um instrumento essencial para proteger as vítimas e responsabilizar os agressores, buscando diminuir os alarmantes índices de violência de gênero no país.

No aniversário da Lei Maria da Penha, uma figura se destaca: a advogada e co-autora do livro "Imparáveis! Histórias de mulheres que movem o mundo", Nathalia Lauermann Tassinari. Sua contribuição para dar visibilidade às histórias de mulheres que vivenciaram situações de violência é inestimável, permitindo que suas vozes sejam ouvidas, de modo que isso também sirva de inspiração para que outras vítimas possam romper o silêncio e buscar ajuda.

“Realizo trabalhos voluntários com grupos de mulheres vítimas de violência doméstica e o relato mais recorrente é que seus companheiros a diminuem, dizendo coisas do tipo: quem vai te querer com esse monte de filho? Tu não tem emprego, te tiro fácil a guarda das crianças! Se terminar comigo nunca mais vai ver nossos filhos, e tantas outras coisas do tipo ”, segundo relata a advogada, que destaca a importância do Disque Denúncia, que funciona através do telefone 180, “falas deste sentido destroem a autoestima, fazendo com as mulheres aceitem a situação, acreditando nas palavras ditas por seus agressores”.


Crédito: Fotorama

Em suas experiências e pesquisa para o livro, Nathalia destacou que as vítimas de violência doméstica são diversas em idade, classe social, formação profissional e ambiente em que vivem. A violência não faz distinção e pode atingir mulheres de todas as esferas da sociedade, uma vez que o agressor é uma pessoa próxima, como companheiros e cônjuges, com que se divide o mesmo teto e de certa forma, se depositava confiança.

Nathalia também ressalta que as agressões não se limitam à violência física: “A própria Lei Maria da Penha define cinco formas de violência: física, psicológica, moral, sexual e patrimonial. Muitas mulheres sofrem abusos em relacionamentos marcados por altos e baixos, onde a violência se manifesta de maneiras sutis, mas igualmente devastadoras”.

Romper esse ciclo de violência e buscar apoio pode salvar a vida de muitas mulheres. Para isso, a Lei Maria da Penha é uma ferramenta fundamental, oferecendo medidas de proteção, como o afastamento do agressor do lar, e facilitando o acesso a serviços de apoio psicológico e jurídico para as vítimas.

Trabalhando voluntariamente em grupos de apoio, a advogada destaca que é fundamental mediar às discussões de forma sensível e cuidadosa, sempre priorizando a segurança dos envolvidos, mas sem deixar de denunciar situações vivenciadas ou testemunhadas. “Em briga de marido e mulher se deve mediar e acolher, sim. Isso salva vidas”, finaliza.


Crédito: Fotorama

 A importância da Lei na sociedade

Nesses 17 anos de existência, a Lei Maria da Penha tem mostrado sua relevância na proteção das mulheres contra a violência. No entanto, ainda há muito a ser feito para eliminar essa triste realidade. É responsabilidade de toda a sociedade combater o machismo estrutural que perpetua a violência de gênero e apoiar iniciativas que promovam a igualdade e o respeito entre homens e mulheres.

O aniversário da Lei Maria da Penha é um lembrete de que a luta contra a violência doméstica e familiar é contínua. Devemos nos unir, assim como Nathalia Lauermann Tassinari e outras mulheres imparáveis, para fazer valer os direitos e proteger a dignidade de todas as pessoas, independentemente de seu gênero. A mudança é possível, e cada um de nós tem um papel importante nessa jornada rumo a uma sociedade mais justa e igualitária.

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Você não deve dar crédito aos meus devaneios, Nem dizer que são feios os rabiscos que eu chamo de poesia. Você tem que continuar agindo com calma, Sem se preocupar com todas as fantasias que habitam minha alma. Nunca falei para alguém tudo que é importante para mim, Nem do fascínio que devoto por olhos assim. Então, quando fitei pela primeira vez, este céu sem lua, Percebi que jamais dormiria sossegada querendo tê-los para mim. Teu olhar castanho, que mostra teu ar tristonho, Nunca me falou dos sonhos teus. Mas despertou o brilho adormecido dos meus. Só te peço que não me judie, que não negue teu amor para mim. Eu não saberia amar outros olhos. Outros olhos assim. Porto Alegre, 27 de novembro, de 2001. Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autori