A qual lugar pertenço?

 

Um sonho me abraçou na essência,

Provocando um mergulho profundo em minhas raízes.

E ao confrontar-me com a realidade, meus olhos se abriram, enfim!

Agora eu sei: a terra que pulsa com suavidade no meu peito, sagrada, viva e plural,

É também morada de outros seres, igualmente apaixonados por este chão.

Não importa o tempo que flui, nem as sendas que a vida nos traça,

Somos todos habitantes deste solo, nesta interseção do eterno e fugaz.

Escravos, religiosos, soldados e almas diversas, entrelaçados na trajetória,

Pelas veias ancestrais desse lugar, passaram, pousaram e deixaram suas marcas,

Assim como eu também um dia, o fiz.

Não conheço seus nomes, tampouco eles sabem da minha história,

Mas, de algum modo enigmático, uma conexão silente se revelou.

Não há motivo para temer, pois sob o céu compartilhamos destino e caminho.

Foi lá que plantei meu umbigo, na espera inocente,

De que como semente ele brotasse,

Florescesse e gerasse frutos!

Será que é isso que me une a toda essa gente,

Entrelaçando os fios das nossas existências?

A verdade é que, por um motivo oculto, somos viajantes do tempo,

Que em seus “girar”, nos traz de volta a este mesmo ponto,

Num reencontro sagrado.


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