A estrutura icônica da Ponte Pênsil que ligava as cidades de Torres,
no Rio Grande do Sul, e Passo de Torres, erguida pela primeira vez em 1926,
pelo engenheiro Mario Meneghetti, a fim de ligar as duas margens do rio
Mampituba, foi palco de uma grande tragédia na madrugada do dia 20 de
fevereiro. Quando, segundo testemunhas, cerca de 100 pessoas faziam a travessia
pela conexão entre os dois munícipios, que tinha capacidade para apenas 20. Foi
por volta das 2h10, quando os cabos de aço se romperam, que aproximadamente 30
pessoas caíram na água, num ponto de 6 metros de profundidade, causando a morte
de um jovem de apenas 20 anos.
A ponte que tinha
uma extensão entre 90 e 100 metros e uma altura de 35 metros, foi considerada
na época de sua construção uma das maiores na categoria de pontes pênseis do
país, razão que fez dela um forte ponto turístico da região.
Acontecimentos trágicos
No entanto, a história da ponte pênsil de Torres já havia sido marcada
por outra trágica queda em 1984, na ocasião da sua inauguração, quando o
prefeito da cidade gaúcha marchava com secretários e vereadores em direção ao município
vizinho. Da outra margem, a comitiva catarinense era também comandada pelo
líder do então distrito catarinense, São João do Sul, que caminhava ao encontro
do grupo, onde aconteceria o descerramento da fita, exatamente na parte central
da travessia. Essa parte do evento, porém, nunca aconteceu!
Políticos, curiosos e até o padre que daria a sua benção à nova construção
foram lançadas na água, quando a peça responsável por esticar um dos cabos se
rompeu. Não houve mortes, nem feridos graves, e o acidente por conta da mídia
da época, virou até piada.
Em 2023, no
entanto, a história não foi assim. E o olhar da mãe que esperou por dias algum
sinal do filho pelo leito do rio, ficará por muito tempo na memória daqueles que
sentem a dor do outro.
Se a ponte será reconstruída novamente, reabrindo com algumas restrições, ainda não sabemos. O que turistas e comunidade, não só dos municípios ligados a esse acontecimento, mas de qualquer outro lugar do mundo que possua uma estrutura parecida, devem ter em mente é que as placas de capacidade devem ser respeitadas. Só assim a segurança de todos será preservada e vidas poupadas!
Fonte das imagens: Prefeitura Municipal de Torres
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