O fenômeno climático que atingiu Canoas, na noite de 15 de agosto, com
ventos de 120 km por hora, classificado por especialistas como uma microexplosão,
causou prejuízos por toda cidade, localizada na Região Metropolitana do Rio
Grande do Sul. Mesmo hoje, já tendo se passado quase 50 dias daqueles minutos
de horror, população e órgãos públicos, seguem trabalhando na reconstrução e
limpeza dos estragos causados.
Para a família de Pedro Morano, morador do bairro Olaria, o pesadelo
vivido naquela data, no entanto, ainda está longe do fim. A casa que o canoense
vivia com a mulher e as duas filhas, uma de 9 anos e outra de 9 meses, foi
totalmente destruída com a queda de um eucalipto de 35 metros de altura, com
peso médio 25 toneladas, sobre a residência.
“A mão de Deus nos protegeu em baixo de uma mesinha pequena de MDF”,
resumiu a esposa Fabina Fric, em uma rede social, ao narrar o terror vivido naquele
momento e a atitude do marido de segurar as tesouras da construção nas costas,
evitando assim que todos fossem soterrados.
O casal que perdeu tudo tem encontrado dificuldades de obter apoio do Executivo Municipal, para recuperar a moradia, tanto no que diz respeito a doação de telhas e materiais de construção, como na concessão de aluguel social. “Queriam mandar nossas filhas para o Conselho Tutelar e nos encaminhar para abrigos, mas não aceitamos”, relata o pai sobre uma das soluções propostas pelo município. De lá para cá, os 4 que chegaram a dormir dentro do carro, seguem “pipocando” pelas casas de parentes.
Só depois de muita insistência e contato com diversos órgãos, a árvore
que ficava na propriedade vizinha e já possuía liberação para supressão, desde
2020, juntamente com outras 17, foi removida e o que sobrou da residência de
madeira destruído. Os entulhos e galhos, no entanto, seguem no terreno,
impedindo que a obra de construção de um novo lar seja iniciada, por falta de
espaço.
“Estamos sem perspectiva alguma de resolver nosso problema. Seguimos vivendo de favor e desorganizados. Precisamos de ajuda dos responsáveis”, desabafa o chefe da família.
Este canal de
comunicação segue aberto para a Administração Municipal e demais órgãos
envolvidos manifestarem seu posicionamento sobre o caso, bem como para receber
e repassar o contato de pessoas interessadas em ajudar de alguma forma.
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