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Estupros, agressões e insultos abordados em livro de ajuda para mulheres

 

A violência contra a mulher não se limita a agressão física e estupros. Ela machuca também o psicológico através dos ataques verbais. Faz sangrar a autoestima com golpes de insultos. E termina muitas vezes numa trágica manchete de feminicídio. O comportamento violento de homens sejam eles namorados, maridos, amigos ou colegas, tem resposta nas páginas do livro escrito por Rebeca Ucelli. Na publicação a escritora divide a sua história real, vivida em 8 anos de relacionamento com um homem misógino, para ajudar outras mulheres.

Entenda por que você sofreu abusos

A Misoginia é um problema psíquico pouco explorado, que devido a falta de informação é facilmente confundido com psicopatia, sociopatia ou narcisismo. Nem mesmo nas delegacias especializadas de atendimento à mulher, os casos de agressões verbais, físicas e psicológicas, e até mesmo de feminicídios são registrados como cometidos por homens misóginos. Embora boa parte dos crimes contra o sexo feminino possa estar relacionado com o perfil de individuo que demonstra muito carinho no início do relacionamento, mas que trazem, da própria infância, uma aversão brutal de mulheres.

“Nem uma mulher que conviveu oito anos de namoro, sofrendo estupros na relação e vendo a morte de perto, por diversas vezes, poderia imaginar que o seu parceiro era um misógino”, é a conclusão de Rebeca depois de muitas pesquisas, após ter conseguido vencer ameaças e colocar ponto final na relação.

A descoberta feita pela autora deu origem ao livro Misoginia: o lado obscuro de um relacionamento, onde relata de forma clara o ódio que o seu parceiro sentia, não só por ela, mas por todas as mulheres que participavam de sua vida.

Rejeições, insultos disfarçados de conselhos, mudanças de humor repentinas, controle excessivo, invasão de privacidade, abuso sexual, ameaças de morte e por fim a violência física, são algumas das violações expostas pela escritora.  A transcrição destes fatos é um assunto tão delicado que a vitima precisou adotar o pseudônimo de Rebeca Ucelli para não ser identificada pelo seu ex-parceiro.

Existe tratamento para um homem assim?

A autora, junto com o apoio da psicóloga Dra. Silvia Rodrigues, acredita que o misógino pode reverter o seu quadro clínico, se aceitar o tratamento. Mas como isso atualmente ainda é muito difícil de acontecer, se a mulher que convive com um companheiro deste tipo souber identificar este problema, poderá desfazer a relação mais cedo para não chegar a ser mais um caso de feminicídio.

Ressaltando a importância do assunto, ambas alertam que “o misógino, além de ser um homem que mantém, através de muita manipulação e ameaças, uma relação abusiva com a mulher, também pode ser um assassino em série”.

Participação nas entrevistas

A psicóloga Silvia Rodrigues, especialista em terapia cognitiva comportamental, que atualmente trabalha com foco em mulheres com dificuldades no relacionamento e baixa autoestima, é a responsável por dar voz a autora em entrevistas sobre a temática abordada no livro, por acreditar que a informação tem papel fundamental contra a violência.

A psicologia exerce neste caso, o importante papel de ajudar pessoas a superarem relações tóxicas, dependência emocional e, no caso do sexo feminino, a violência doméstica, auxiliando na recuperação do amor próprio e autoconfiança, desenvolvendo novas perspectivas de futuro. 

"O livro que trata da história real vivida por Rebeca, me despertou como leitora para situações que tantas vezes presenciamos nos relacionamentos de amigas, parentes ou até de algum relacionamento que vivemos”, contribui a especialista no prefácio da obra.

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Você não deve dar crédito aos meus devaneios, Nem dizer que são feios os rabiscos que eu chamo de poesia. Você tem que continuar agindo com calma, Sem se preocupar com todas as fantasias que habitam minha alma. Nunca falei para alguém tudo que é importante para mim, Nem do fascínio que devoto por olhos assim. Então, quando fitei pela primeira vez, este céu sem lua, Percebi que jamais dormiria sossegada querendo tê-los para mim. Teu olhar castanho, que mostra teu ar tristonho, Nunca me falou dos sonhos teus. Mas despertou o brilho adormecido dos meus. Só te peço que não me judie, que não negue teu amor para mim. Eu não saberia amar outros olhos. Outros olhos assim. Porto Alegre, 27 de novembro, de 2001. Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autori