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Entenda o impacto da crise hídrica na conta de luz dos brasileiros

A crise hídrica que resultou na criação de uma nova bandeira tarifária na conta de energia elétrica vem pesando no bolso dos brasileiros, que com a chegada do verão e das altas temperaturas preveem um custo ainda maior na utilização do serviço durante os próximos meses. Para auxiliar na compreensão dos fatores que contribuíram com a elevação da tarifa em todo o Brasil, a Jornal de Ideias entrevistou Sergio Levin, engenheiro eletricista e integrante do Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias de Engenharia de São Paulo, o Ibape.

Confira o que disse o especialista sobre esta questão que veem onerando ainda mais o orçamento das famílias, principalmente aquelas já prejudicadas financeiramente pelos efeitos da pandemia.

JDI - Em quanto tempo a crise hídrica deve ser superada e quais mudanças podem reverter este caso antes do previsto?

Sergio: A crise hídrica de 2021 é a maior dos últimos 90 anos. Este contexto foi influenciado basicamente por fatores socioeconômicos (desperdício, aumento do consumo decorrente do aumento populacional, da produção industrial e do agronegócio) e ambientais (diminuição das chuvas). Para amenizar esta crise, no curto prazo, é necessário conter o desperdício e fazer uso racional da água, além de poupar os reservatórios de água através do acionamento de geração de energia não hídrica.

JDI - Bandeiras tarifárias como a de Escassez Hídrica já haviam sido implantadas no Brasil anteriormente ou é algo inédito?

Sergio: A bandeira "Escassez Hídrica" é a primeira vez que é implantada no Brasil desde a criação das bandeiras. Quanto maior a crise hídrica, menor a energia gerada pelas usinas hidrelétricas, e, portanto, maior é a quantidade de energia comprada (a custo maior) em usinas térmicas, eólicas, nucleares, solares ou em intercâmbio internacional.

JDI - Como o consumidor pode calcular este aumento?

Sergio: A bandeira "Escassez Hídrica" acrescenta ao consumidor o valor de R$ 14,20 a cada 100kwh consumidos, assim se o consumidor tiver uma fatura mensal de 80kwh não é acrescentada a bandeira, já no exemplo de um consumidor com fatura mensal de 230kwh, o valor da nova bandeira será 230kwh x R$ 0,142, ou seja R$ 32,66 (sem tributos) a mais na fatura mensal devido a bandeira tarifária.

JDI- A premiação para consumidores residenciais, rurais, comerciais e industriais, ainda sem regras definidas divulgadas pode ser um alívio para o bolso dos usuários do serviço?

Sergio: Qualquer incentivo financeiro para reduzir o consumo de energia elétrica representa uma economia para consumidor, e também, em um contexto mais amplo, um ganho de tempo enquanto os níveis dos reservatórios estão muito baixos.

JDI - Quais os principais hábitos que devem ser abandonados ou reduzidos neste período?

Sergio: Basicamente os hábitos a serem mudados são relacionados ao desperdício de água e de energia elétrica. O uso racional destes recursos deve ser incorporado ao dia-a-dia, e quanto maior a disciplina e colaboração dos envolvidos, melhor para a sociedade como um todo.

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Você não deve dar crédito aos meus devaneios, Nem dizer que são feios os rabiscos que eu chamo de poesia. Você tem que continuar agindo com calma, Sem se preocupar com todas as fantasias que habitam minha alma. Nunca falei para alguém tudo que é importante para mim, Nem do fascínio que devoto por olhos assim. Então, quando fitei pela primeira vez, este céu sem lua, Percebi que jamais dormiria sossegada querendo tê-los para mim. Teu olhar castanho, que mostra teu ar tristonho, Nunca me falou dos sonhos teus. Mas despertou o brilho adormecido dos meus. Só te peço que não me judie, que não negue teu amor para mim. Eu não saberia amar outros olhos. Outros olhos assim. Porto Alegre, 27 de novembro, de 2001. Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autori