Incidência de casos de febre amarela no RS reforça importância da vacina

A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul vem reforçando nos últimos dias, a importância da vacinação contra a febre amarela diante do crescente número de casos que vem sendo registrados no estado.

A doença transmitida por mosquitos Haemagogus, habitantes de áreas silvestres, foi confirmada na primeira quinzena do mês de abril em amostras de um macaco bugio, encontrado morto em um bairro rural do extremo-sul de Porto Alegre.

Em função deste achado e de outros casos suspeitos e confirmados em diversos municípios da Região Sul do Brasil, a SES vem trabalhando na conscientização da população sobre a relevância da imunização da população gaúcha entre 9 meses e 59 anos de idade.

Registro de casos e formas de transmissão

O Rio Grande do Sul divulgou no mês de fevereiro, por meio de nota do Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), o óbito de bugios na área de floresta da região Serrana, divisa com Santa Catarina e outros casos de primatas contaminados nas regiões Serra e Norte do Estado. Os bugios (e os macacos-prego, no caso do RS) são considerados sentinelas da febre amarela e não representam riscos à população. Mas, servem, por sua vez, como indicadores da presença do vírus no ambiente silvestre, por adoecerem após serem picados pelo mosquito transmissor. Humanos não vacinados também estão expostos ao contagio, no momento em que entram em contato com insetos das espécies Haemagogus, presente em áreas silvestres e o Aedes aegypti, encontrado mais facilmente em regiões urbanas. Ambiente onde a febre amarela não é registrada entre a população brasileira desde o ano 1942.

Onde realizar a imunização

A imunização deve ser realizada pelas secretarias municipais de saúde, através das Unidades Básicas de Saúde (UBS), em todas as pessoas que não possuam comprovação vacinal contra essa doença.

Crianças devem tomar a primeira dose aos 9 meses e um reforço aos 4 anos ou receber dose única, quando a vacinação ocorrer após os 5 anos. A recomendação da aplicação do imunizante em dose única, de acordo com o calendário do Programa Nacional de Imunizações, vai dos 5 aos 59 anos.

A vacinação de pessoas com mais de 60 anos de idade, gestantes e mulheres que estejam amamentando, bem como crianças menores de 6 meses, deve ocorrer em situações especiais, como emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, mediante a avaliação de risco/benefício, feita por um médico. Em mulheres que estejam amamentando, pode-se considerar a suspensão do aleitamento materno por 10 dias. Pessoas portadoras de comorbidades devem receber avaliação de risco/benefício prévia à vacinação.

A SES também alerta que, em ambientes silvestres, a população deve fazer uso sempre de repelentes, observando as recomendações de cada fabricante em relação ao prazo de ação efetiva de cada produto, para evitar assim o contato com o mosquito transmissor do vírus.

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