#PartiuAcampar - A importância de desconectar nossos jovens

 

A tecnologia, que em 2020 se tornou ainda mais presente na vida dos adolescentes, quando usada em excesso, pode resultar, muitas vezes, em uma maior incidência de transtorno de déficit de atenção com hiperatividade (TDHA). A informação é fruto de um estudo americano realizado em 2.587 jovens, expostos a níveiselevados de mídias digitais, acompanhados durante dois anos.

É por esta razão, que em um mundo cada vez mais conectado, o grande desafio dos pais e responsáveis é o de promover atividades que incentivem a desconexão e a vivência de momentos de lazer ao ar livre.

“Crianças e adolescentes devem sempre ser incentivados a trocar as telas por momentos de desconexão. Existem evidenciais cientificas demonstrando que o convívio com a natureza desde a infância traz muitos benefícios para a saúde. Melhorando o controle de doenças crônicas, como por exemplo, a obesidade, problemas respiratórios e diabetes. Diminuindo também o risco de dependência com o álcool e outras drogas, ao mesmo tempo em que favorece o desenvolvimento psicomotor, o bem estar mental e questões comportamentais”, explica a psicóloga Juliana Moreira da Silva Oliveira.

Para a profissional, formada em Reabilitação Cognitiva, praticar atividades ao ar livre com os jovens “ajuda a desenvolver o senso criativo, além de questões relacionadas a criatividade e autoconfiança, ajudando na tomada de decisões e soluções de problema, ao mesmo tempo em que colabora para o aumento da coordenação motora”.

O contato e a contemplação da natureza possibilitam a liberação de serotonina, o hormônio do prazer. Embora a tecnologia facilite a vida humana das mais diversas formas, para as pessoas mais jovens, a exposição excessiva as telas, tende a causar dependência, por estarem no meio do processo de formação da personalidade adulta. Por isto, estar em maior contato com outras atividades estimula o bem-estar e uma maior qualidade de vida.

“O mundo virtual, tão real quanto os relacionamentos físicos face a face, para os adolescentes, segundo a Organização Mundial da Saúde, afeta 1 em cada 4 pessoas , que por conta desta exposição exagerada passam a sofrem de transtornos comportamentais, as TDHAS. Fazendo com que, aparelhos e plataformas que oferecem a possibilidade de acesso a um universo de fantasia como forma de fuga do tédio e a monotonia do cotidiano, na verdade sejam uma armadilha perigosa, para a autoestima, provocando mudanças físicas e psicológicas, capazes de deixá-los emocionalmente inseguros”, afirma a psicóloga que atua na abordagem integrada de Terapia Sistêmica-Cognitivo Comportamental.

A conexão com o que é concreto sempre será a melhor forma de vivenciar este período da vida, por isto, os pais e responsáveis precisam buscar por atividades que proporcionem a fuga dos dispositivos digitais. “Planejar um acampamento ou trilha, incentivar aventuras, participação em grupos, como o de escoteiros e aprendizagem sobre sobrevivência na selva, podem ser excelentes alternativas para desenvolver autonomia, responsabilidade e bem-estar, ao mesmo tempo em que fortalece o vinculo com a família”, conclui Juliana.

Quer saber mais sobre este tema? Faça contato com a psicóloga pelo e-mail julianamso@yahoo.com e acompanhe seu trabalho pelo Instagram @jueusouoliveira.

Quer dicas de atividades e brincadeiras para realizar com seus filhos ao ar livre? Confira aqui algumas opções que o #PartiuAcampar preparou para você:

Leitura

Que tal viajar o mundo a bordo de um livro em uma rede, um balanço, a sombra de uma árvore ou com os pés mergulhados numa lagoa?

Peteca

Uma brincadeira simples, mas que além de unir seus participantes no seu objetivo principal, provoca risos e momentos de pura descontração, seja no campo, na praia e até mesmo dentro da água.

Vôlei

Com ou sem rede, onde tem uma bola, dois ou três amigos a brincadeira já está formada.

Badminton

Comercializado em uma embalagem de fácil transporte, possibilita o fácil transporte de rede, raquetes e petecas para garantir a diversão não importa o lugar.

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