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Operação Cartada Final esclarece homicídio de motorista de aplicativo em Guaíba

A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia de Guaíba identificou e prendeu todos os envolvidos no homicídio de um motorista de aplicativo ocorrido em fevereiro deste ano. Na tarde da sexta-feira (24) foi desencadeada a Operação Cartada Final, onde os policiais civis,  com apoio da Brigada Militar, prenderam no bairro Cohab o quarto envolvido no crime.
A vitima havia desaparecido no dia 06 de fevereiro, após sair da casa de amigos, dizendo que faria uma corrida para Canoas. Depois disso, ninguém mais teve contato com ele.
No curso das investigações, a Delegacia de Polícia de Guaíba, com apoio da Companhia Especial de Busca e Salvamento (CEBS) e utilizando-se de retroescavadeira cedida pela CORSAN do município, já havia localizado o corpo, 13 dias depois do desaparecimento, enterrado em uma cova profunda, às margens do Rio Guaíba, no bairro Ipê.
Conforme apurado em inquérito policial já remetido à Justiça, o motorista foi morto por ordem de um dos líderes do tráfico na cidade, o qual, embora esteja cumprindo pena em estabelecimento prisional, coordena o narcotráfico no bairro Ipê, com ramificações no bairro São Jorge.

Cronologia do crime
Segundo a delegada Karoline Calegari, que presidiu as investigações, o traficante atraiu a vítima para uma emboscada, pedindo que ela fizesse uma corrida para Canoas, a fim de buscar substâncias entorpecentes, sendo que, em troca, o condutor receberia parte da droga. Ao aceitar a oferta, o homem, acreditando que faria a corrida, buscou, a mando do presidiário, um adolescente para levá-lo até o Ipê. Na chegada no local, a vítima foi abordada por dois indivíduos, amarrada, algemada e conduzida até o interior do mato onde, posteriormente, o corpo foi encontrado.
De acordo com o que ficou demonstrado durante a investigação, a ideia inicial do chefe do tráfico era “dar um castigo” no motorista, por estar fazendo corridas para traficantes rivais e ter consumido uma parte da droga que teria pego com o referido traficante para vender.
Também conforme a apuração, dois dos três indivíduos que acompanharam o homem até o interior do mato também “ficaram de castigo”, junto com a vítima, por não estarem obedecendo algumas determinações do traficante preso.
O castigo consistiu em ficarem no mato a noite inteira, incomunicáveis, próximos a uma cova profunda que havia sido previamente cavada. Apenas o motorista ficou amarrado, nas mãos e nos pés, e algemado.
No dia seguinte, por volta das 13 horas, portanto, depois de aproximadamente 12 horas “de castigo”, o indivíduo alvo da operação policial retornou ao mato e entregou a arma que portava nas mãos do adolescente, amordaçou e encapuzou o motorista, e ordenou que o jovem adolescente atirasse, ocasião em que o menor efetuou um disparo que atingiu o pescoço do motorista.
Na sequência, o mandante determinou ainda que o atirador decapitasse o homem com uma faca, tentativa iniciada, mas não concluída. Com a morte da vítima, o corpo foi jogado na cova, carbonizado e enterrado.

Andamento das investigações
No curso das investigações, um fuzil utilizado pelos criminosos foi apreendido e presos outros três envolvidos no crime, sendo que o líder do tráfico, já segregado, agora também está detido por este fato.
A última parte da investigação, denominada Cartada Final, foi em operação conjunta entre as Polícias Civil e Militar, na qual foi preso o último envolvido no assassinato, o qual vinha atuando como um soldado do tráfico e ostentava fartos antecedentes policiais (tráfico de drogas, homicídios e roubos, entre outros). Indivíduo este, também indiciado por extorsão, já que vinha expulsando moradores humildes de suas residências para transformá-las em pontos de tráfico e em esconderijos.
Durante a prisão, o criminoso tentou fugir, mas foi capturado, portando uma pistola furtada da Polícia Civil, além de três carregadores e certa quantidade de substância entorpecente.

Mulher detida por associação ao crime
No decorrer da operação, foi presa em flagrante por tráfico e associação a mulher que estava auxiliando o foragido a se esconder da polícia, a qual ficou comprovado ter envolvimento com a organização criminosa. Uma adolescente infratora ligada ao grupo também foi detida na ocasião.

Incêndio no coletivo
O mandante deste crime, além de chefiar o narcotráfico no bairro Ipê, já havia sido indiciado em outubro de 2019 por ter comandado o incêndio ao coletivo da Empresa Assur no local, mesmo estando recolhido no sistema prisional desde 2013.
A delegada Karoline Calegari assevera que a investigação reuniu provas contundentes da participação de todos os indiciados e que a Delegacia de Polícia de Guaíba tem realizado um enfrentamento bastante significativo a delitos graves, com destaque ao tráfico de drogas e delitos contra vida.
O diretor da 2ª Delegacia de Polícia Regional Metropolitana de Canoas, delegado Mario Souza destaca que chama atenção a crueldade dos criminosos no assassinato investigado. “A atuação enérgica da DP de Guaíba não permitiu a impunidade dos criminosos que responderão judicialmente por todos os crimes praticados. O combate ao crime de homicídios é prioridade absoluta na região”, destacou Souza.

Fonte e imagens: Polícia Civil

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