Especial Mães: Família Completa!

Final feliz: enfim a adoção!

Anos de espera separaram Rose Mari Ferreira da realização do seu sonho. A decisão de adotar foi tomada por ela e o marido, Irani, após a descoberta da impossibilidade de engravidar, mas a burocracia do processo tornou o tempo em que aguardavam na fila incerto e angustiante.

“Recebemos a noticia através de um telefonema do Fórum e quase não acreditei quando soube. Do outro lado da linha, a pessoa informou que havia um menino, mas ainda dependia de outras pessoas para que a adoção acontecesse. Já que a criança tinha irmãs e todos deveriam ser adotados ao mesmo tempo por famílias diferentes. Ai, perguntaram se aceitávamos manter o vínculo. Nem pensei! Fui logo dizendo que sim! Parecia estar sonhando!”, relembra Rose.

O primeiro encontro da nova família aconteceu alguns dias depois da ligação telefônica, na sede do Poder Judiciário. O casal foi direcionado até uma sala com muitos brinquedos e lá aguardaram ansiosos pela chegada da pessoinha que mudaria para sempre suas vidas. “Quando ele entrou, foi um momento de muita emoção. O abracei e recebi de volta um sorriso e um abraço gostoso, percebi então que ali estava meu filho”, recorda Rose, o dia que marcou sua existência.

A partir dali, os novos papai e mamãe iniciaram a organização do quarto, que já existia, mas receberia um toque especial para receber o pequeno morador. O ambiente ganhou brinquedos e roupas do tamanho do filho que estava por chegar. Rose conta que a primeira visita do menino foi uma etapa aguardada com muita ansiedade: “Os encontros iniciais foram em lugares neutros, praças, parques. Quando ele veio nos visitar, foi um momento carregado de muita emoção. Os olhinhos dele brilharam quando viu o quarto repleto de brinquedos, perguntando se aquilo tudo era para ele”.

O menino chegou à família com 4 anos e uma incrível semelhança com o pai Irani. Conhecidência que chamou atenção inclusive da assistente social, mas que é facilmente explicada quando se crê nos propósitos de Deus para cada coração. A adaptação de Carlos foi tranqüila para ele e agitada para os pais que não estavam acostumados com a rotina diária de ter alguém com tanta energia em casa. “Tudo foi novo para todos nós. Um início assustador, pois embora estivéssemos aguardando há muito anos, as coisas aconteceram muito rápido, mas aos poucos fomos nos ajustando a ele”, explica a mãe.

O conselho de Rose para quem tem este desejo é direto: “Apesar de burocrático e muito lento, não desistam, não percam a esperança. Receber amor deles é muito gratificante. O fato de serem filhos do coração não muda nada. Somos mães iguais as outras, com as mesmas dificuldades. O amor é construído e muito gratificante. O resultado é maravilhoso. Não existe retorno melhor do que ouvi-lo dizer ‘mãe eu te amo’. O principal é que o casal tenha o desejo de ser pai e mãe, e muito carinho para dar. O resto vem com a convivência. Torço para que mais famílias aceitem a adoção compartilhada, pois isto garante as crianças, que normalmente têm muitos irmãos, a possibilidade de ter um lar”.

Outro ponto importante de ser mencionado é a conscientização dos candidatos a adoção. Muitos buscam por crianças loiras, olhos azuis, cabelo liso, bebês, que sejam parecidos com o pai ou a mãe, o que impede a sequencia da maioria dos processos. “Quando fiz meu cadastro só especifiquei a idade. O resto não importava. Se quer realmente ser mãe do coração, aceita sem preconceito. Abre o coração e acolhe, só isto que eles precisam. Quando ligaram do Fórum, eu só perguntei como ele era. A assistente social disse que trazia um probleminha de fala, mas não liguei para isto. Se tem solução, por qual motivo eu não poderia ajudar?”, finaliza a mamãe que ainda se emociona com as pequenas descobertas e conquistas do pequeno Carlos.

CLIQUE AQUI para curtir a Fanpage e acompanhar todas as notícias e novidades.

Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autorização do autor, mesmo quando citado fonte ou os devidos créditos, conforme previsto na Lei 9610/98.

Comentários