A AJURIS – Associação dos Juízes
do Rio Grande do Sul sediou na manhã desta quarta-feira, 18 de abril, a
construção de um grande capítulo na história gaúcha, com a assinatura do manifesto
de apoio á CPI das Isenções Fiscais por 22 entidades de classe do Estado, que
buscam por transparência no processo de concessão deste benefício, que
anualmente representa cerca de R$ 9 bilhões a menos nos cofres públicos
estaduais.
Com a palavra inicial, o
presidente da AJURIS, Gilberto Schafer, destacou a preocupação da casa com o
que se arrecada ou deveria ser arrecadado no RS, com a destinação dos recursos
e o que se entende por transparência, quando se trata de incentivos e
benefícios fiscais.
Os membros da mesa foram unânimes
em suas falas, quanto à necessidade de instauração da Comissão Paramentar de
Inquérito, para acesso do Tribunal de Contas aos contratos não auditados do
Governo Sartori e seus antecessores, que envolvem tanto sigilo.
De acordo com a análise dos
presidentes e representantes das instituições presentes no ato, a questão não é
ser contra as isenções, mas sim, a favor da transparência do patrimônio
público, assunto que interessa toda sociedade, em meio a uma crise que está sendo
imputada apenas para o servidor que tem seu salário parcelado.
Representante de uma das
categorias mais afetadas pela crise no RS, o Cel. Marcos Paulo Beck,
vice-presidente da Associação dos Oficiais da Brigada Militar, apresentou dados
obtidos em estudo psiquiátrico sobre suicídios de policiais, onde o Estado
lidera o ranking em comparação as demais regiões do Brasil.
“É dever do soldado manter a
ordem, no caos da segurança pública, sem dinheiro para suas necessidades mais
básicas no seu lar, o que resulta nestes finais trágicos”, destacou o Coronel.
Para Marta Silva Beltrame,
vice-presidente da Associação do Ministério Público do RS, as opiniões
expressadas pelos membros da mesa são as mesmas que o MP tem pregado:
“Tudo que a CPI levantar só vem para somar com
o que está sendo analisado, basta que cada entidade siga prestando um bom
trabalho a sociedade que é nosso destinatário final, para ajudarmos a clarear o
processo”, completa.
A simbologia de um compromisso
firmado na mesa da AJURIS, para Vera Lúcia Deboni, vice-presidente administrativa
da instituição, mostra a força de trabalho que está sendo concentrada para a
efetivação da CPI.
“É este simbolismo que precisa
ser levado a Assembléia Legislativa, pelo futuro que tem um preço chamado
transparência. É urgente que seja dada a devida atenção para este assunto. Cada
um fazendo seu serviço, sem defender nada além do que o bem estar social,
sonhado na construção da Constituição Civil em 1988”, salienta Vera.
Detentor da palavra final, Luís
Augusto Lara, deputado estadual pelo PTB e presidente da Comissão de Finanças
da Assembléia Legislativa do Rio Grande do Sul, em breve análise da situação
atual da casa, declarou que não há processo de privatização, pois o país já
está privatizado há muito tempo.
“O Brasil foi comprado pela
Odebrecht, que comprou os políticos e as obras do país. No RS temos muita Odebrecht
cada uma em sua proporção. Se os políticos estão acuados sem saber o que fazer,
entregue a sociedade que ela saberá o que fazer”, finalizou Lara, convidando os
presentes para além da assinatura do manifesto o grupo se dirigir a AL, para
visitar cada bancada que ainda não manifestou seu voto de apoio à CPI, cobrando
uma posição em prol da sociedade gaúcha.
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