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Não era amor, era para ser uma crônica



Ele foi o único para quem encaminhei currículo,
Seleção rigorosa!
Depois enviei poesia, mas a segunda ele achou muito melosa!
Achei melhor trocar de gênero
Escrever uma crônica engraçada
Não era amor, era exagero!

Tentei não confiar em alguém com aquele nome
Quis cansar de tanta felicidade
Só para ter outra noite como aquela
Dividir o travesseiro e o coberto com ele
Não era amor, era de noite!

Aquele foi nosso primeiro encontro
E parecíamos velhos conhecidos
Os ponteiros do relógio correram
E eu nem percebi
- tempo suficiente para gostar do jeito dele.
Riamos feitos dois bobos
Não era amor, era engraçado!

Eu quis beijá-lo naquela noite,
Porque se não houvesse outra oportunidade
Lembraria do sabor do seu beijo.
Ele não é o cara mais bonito do mundo
Mas há uma beleza desafiadora
Por trás do seu olhar arteiro.
Não era amor, era o seu sorriso tão lindo.

Cada vez que ele parte é para sempre,
Cada despedida sua é um para nunca mais
Porque entre nós não há promessas
Não era amor, era em nossas horas vagas!

Eu não preciso saber se nossos signos combinam,
Nem quais são as previsões para o futuro.
Não preciso recitar sutras, nem consultar as cartas
É tão claro, não tem erro
Não era amor, era no estacionamento!

Sinto falta dele,
De sabê-lo presente na luzinha amarela da tela.
Das risadinhas a cada três palavras,
Da mão na minha perna enquanto dirigia o carro
Do beijo quente e molhado
Não sei se ele volta
Na verdade nem espero

Não era amor, era inverno.

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Olhos assim

Você não deve dar crédito aos meus devaneios, Nem dizer que são feios os rabiscos que eu chamo de poesia. Você tem que continuar agindo com calma, Sem se preocupar com todas as fantasias que habitam minha alma. Nunca falei para alguém tudo que é importante para mim, Nem do fascínio que devoto por olhos assim. Então, quando fitei pela primeira vez, este céu sem lua, Percebi que jamais dormiria sossegada querendo tê-los para mim. Teu olhar castanho, que mostra teu ar tristonho, Nunca me falou dos sonhos teus. Mas despertou o brilho adormecido dos meus. Só te peço que não me judie, que não negue teu amor para mim. Eu não saberia amar outros olhos. Outros olhos assim. Porto Alegre, 27 de novembro, de 2001. Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autori