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Anjo da noite


Neste momento preciso escrever.
Preciso passar para o papel
Tudo que estou sentindo.
Pego a caneta e ela começa a deslizar
Sobre a página branquinha.
As palavras surgem do nada,
Brotam de repente.
Será que o amor nos transforma em poetas
Ou palavras românticas nascem da tinta da caneta?

Neste instante meu pensamento voa,
Vai longe e em menos de um minuto
Trás você para mim.
Eu te recebo entre estas quatro paredes sonolentas
Você me toma nos seus braços
E juntos dançamos ao som da nossa canção de amor.

No meio de tanta magia
Não desejo saber se sua presença
No meu quarto é sonho ou realidade
Só sei que as batidas do meu coração
Confundem-se com as tuas.
Meu olhar se afoga no oceano dos olhos teus
E minha boca sedenta clama por teus beijos.
Quando nossos lábios se tocam e se unem
Num longo e apaixonado beijo
Não consigo saber se vivo, morro ou sonho.

Assim mais uma vez,
Me entrego de corpo e alma para você
E as estrelas que brilham lá fora no céu
Seriam bobas se dissessem que nos teus braços não sou feliz.

Outra vez o dia amanhece e acordo com a luz do sol
Invadindo meu quarto, através da janela.
Olho para os lados e estou sozinha
Então me pergunto se tudo que rolou foi real
Ou apenas um sonho.
Em vão pergunto aos móveis e lençóis (únicas testemunhas)
Que perfume é este que ficou na minha roupa,
Em minha pele.
Mas eles continuam calados e inertes.

Te procuro durante o dia pelas ruas da cidade,
Pela praia vazia, pelo shopping movimentado,
Mas não te encontro.
Sei que quando a noite chegar
E as estrelas no céu novamente se acenderem
Meu pensamento vai te trazer para mim.
Então você vai me tomar nos teus braços
E juntos vamos dançar ao som da nossa canção de amor.





21/01/1997


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Você não deve dar crédito aos meus devaneios, Nem dizer que são feios os rabiscos que eu chamo de poesia. Você tem que continuar agindo com calma, Sem se preocupar com todas as fantasias que habitam minha alma. Nunca falei para alguém tudo que é importante para mim, Nem do fascínio que devoto por olhos assim. Então, quando fitei pela primeira vez, este céu sem lua, Percebi que jamais dormiria sossegada querendo tê-los para mim. Teu olhar castanho, que mostra teu ar tristonho, Nunca me falou dos sonhos teus. Mas despertou o brilho adormecido dos meus. Só te peço que não me judie, que não negue teu amor para mim. Eu não saberia amar outros olhos. Outros olhos assim. Porto Alegre, 27 de novembro, de 2001. Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autori