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O remédio do tempo


Por vezes parar já é avançar
E a arte do querer se entrega ao prazer.
O que fazer com frases bonitas
Se no fundo estou doendo de saudade?
Talvez agora seja tarde,
O trem das onze já partiu
E no relógio os ponteiros vão ao encontro
Um do outro.
Só nós dois
Permanecemos tão distantes!
Ouso um bater de portas
E digo a mim mesma:
“Não se assuste! É só o vento!”
Mas antes que meus olhos se fechem
Aconchegados na poltrona fria
Um velhinho se aproxima dizendo ser o tempo
- senhor de toda razão.
“O que tens a dizer para esta alma solitária?”
Pergunto-lhe então.
Segurando minhas mãos
Antes de desaparecer pela sala, ele diz assim:
“Eu sou o remédio para tudo”!


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Olhos assim

Você não deve dar crédito aos meus devaneios, Nem dizer que são feios os rabiscos que eu chamo de poesia. Você tem que continuar agindo com calma, Sem se preocupar com todas as fantasias que habitam minha alma. Nunca falei para alguém tudo que é importante para mim, Nem do fascínio que devoto por olhos assim. Então, quando fitei pela primeira vez, este céu sem lua, Percebi que jamais dormiria sossegada querendo tê-los para mim. Teu olhar castanho, que mostra teu ar tristonho, Nunca me falou dos sonhos teus. Mas despertou o brilho adormecido dos meus. Só te peço que não me judie, que não negue teu amor para mim. Eu não saberia amar outros olhos. Outros olhos assim. Porto Alegre, 27 de novembro, de 2001. Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autori