Há noites!



Quando o sono me falta, as palavras gritam.
Nos ruídos da madrugada eu as liberto
Sem saber se nascem do papel, do coração ou da tinta da caneta.
É como se o inegável precisasse ser dito,
Antes que amanheça mais um dia.
Como se uma força absurda me direcionasse para teus braços
Que me acolhem feito teia.
A lembrança de suas mãos aconchegando minha cabeça barulhenta
No lado esquerdo do teu peito é tão real.
Foi mais do que um envolver-me num abraço
Era uma acolhida sincera da minha vida em tua vida.
Enquanto me escutavas com teu silêncio
Eu me perguntava se realmente havia algo que devesse ser dito.
Não sei explicar ou entender o que aconteceu,
E há noites não durmo há me perguntar por que não amei estar contigo antes.

“Um nada que desejou ser tudo e o é quando te vejo sorrindo”.

Onde estavas por todo este tempo que nunca me apaixonei por teu sorriso?
Porque nunca antes compartilhamos de uma noite na praia, ouvindo as ondas e falando sobre estrelas – as que sorriem?
É tanta coisa simples que deixamos para trás, tanta gente que você acredita nem lembrar e de repente são elas que te fazem pensar no que merece ser vivido.
São elas que te fazem ser melhor, que te inspiram e te fazem ver que o destino ainda pode ser lindo.



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