Pular para o conteúdo principal

O que minha mãe dizia




Se eu tivesse dado ouvidos a tudo que minha mãe dizia,
Todos aqueles devaneios e todas as suas fantasias,
Teria chorado menos ou nada,
Teria seguido um caminho politicamente correto,
Onde apesar de não haver existir espíritos de luz
Também não haveria dor,
Onde poderíamos continuar passeando juntos de mãos dadas,
Compartilhando pôr-de-sois e noites enluaradas,
Num faz de conta sem heróis e bandidos,
Bruxas, duendes...
Apenas eu e você meu amor,
Pois era assim que deveria ser.

Não sei se faltou malicia ou sobrou inocência
Só sei que existiram coisas que nossos lençóis não suportaram
Tudo porque não segui o que minha mãe dizia
Tudo porque fui atrás de algo que ao chegar mais perto
Percebi que não existia.
Quis contemplar um horizonte que estava distante
E acabei por não compartilhar do riso cristalino
Que me transmitia amor o tempo todo.

Hoje, embora seja tarde,
Percebo que esta senhora de cabelos grisalhos tinha razão
E é no seu ombro que choro
Totalmente desolada por não poder
Contar mais com meus super poderes.

Acalente minhas lágrimas mãezinha,
Pois tudo que a vida não me roubou
Foi teu peito acolhedor.
Perdoe minhas falhas mãe querida,
E roge por mim a nosso Senhor! 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Recomeços

  Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autorização do autor, mesmo quando citado fonte ou os devidos créditos, conforme previsto na Lei 9610/98.

Aniversário

  Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autorização do autor, mesmo quando citado fonte ou os devidos créditos, conforme previsto na Lei 9610/98.

Olhos assim

Você não deve dar crédito aos meus devaneios, Nem dizer que são feios os rabiscos que eu chamo de poesia. Você tem que continuar agindo com calma, Sem se preocupar com todas as fantasias que habitam minha alma. Nunca falei para alguém tudo que é importante para mim, Nem do fascínio que devoto por olhos assim. Então, quando fitei pela primeira vez, este céu sem lua, Percebi que jamais dormiria sossegada querendo tê-los para mim. Teu olhar castanho, que mostra teu ar tristonho, Nunca me falou dos sonhos teus. Mas despertou o brilho adormecido dos meus. Só te peço que não me judie, que não negue teu amor para mim. Eu não saberia amar outros olhos. Outros olhos assim. Porto Alegre, 27 de novembro, de 2001. Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autori