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Como o vento...



Ele é como o vento...
Cavalgando através da minha nuvem
Sem perceber que me leva em sua garupa
E pelo céu sozinho não está.

Ele é como o vento...
Que balança as folhas da minha árvore
Sem perceber que elas existem
Somente para que ele as possa agitar.

Ele é como o vento...
Açoitando as flores silvestres ao passar
Permitindo com que eu sinta
Mesmo distante o seu caminhar.

Ele é como vento...
Que apesar de sua total leveza
Sempre interfere nos rumos
Do barqueiro em alto mar.

Ele é como o vento...
Tomou meu coração para si
Sem saber que o fez
Sem saber que é seu sopro que me dá vida.

Ele é como vento...
E eu uma garotinha escrevendo seu nome
Na areia da praia com a ponta dos dedos
Até que ele traga a onda para apagar.

Ele é como o vento...
Enrolando-se em meus cabelos
Envolvendo-me por inteira
Sem que eu jamais o possa tocar.

Ele é como o vento...
Que se faz presente nas canções que me traz
Ao ouvido em noite de luar
Que imagino serem para mim que esta a dedicar.

Ele é como o vento...
Brincando de soltar pipa com os meninos,
Enquanto divirto-me em tentar decifrar
Os desenhos que molda nas nuvens.

Ele é como o vento...
Que me embala nas madrugadas de chuva calma
E que me assusta quando vem
Bater forte em minha janela.

Ele é como o vento...
Que a todo instante do meu universo de bonecas
Sinto discretamente passar
Sem saber que leva muito de mim.

Ele é como o vento...
E que tolice a minha
Que sou estátua de pedra
Pensar que posso ser algo que ele realmente precise.

Ele é como o vento...
O vento é como ele...
E ambos não sabem que deixaria tudo
Para com eles poder voar.

Ele é como o vento...
E que benção divina seria
Se com esta poesia eu pudesse lhe conquistar.

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Olhos assim

Você não deve dar crédito aos meus devaneios, Nem dizer que são feios os rabiscos que eu chamo de poesia. Você tem que continuar agindo com calma, Sem se preocupar com todas as fantasias que habitam minha alma. Nunca falei para alguém tudo que é importante para mim, Nem do fascínio que devoto por olhos assim. Então, quando fitei pela primeira vez, este céu sem lua, Percebi que jamais dormiria sossegada querendo tê-los para mim. Teu olhar castanho, que mostra teu ar tristonho, Nunca me falou dos sonhos teus. Mas despertou o brilho adormecido dos meus. Só te peço que não me judie, que não negue teu amor para mim. Eu não saberia amar outros olhos. Outros olhos assim. Porto Alegre, 27 de novembro, de 2001. Conheça a página  Jornal de Ideias Comunicação Digital   e con fira de perto todo  o trabalho realizado pela profissional que atua na produção dos conteúdos deste blog. Não é permitido reproduzir texto, imagem ou qualquer outro tipo de produção intelectual de um blog, sem a devida autori