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Mamonas Assassinas: rock e irreverência para sempre




No inicio acreditava-se que não passava de mais uma piada do bem humorado grupo que arrebatou milhões de corações com talento e determinação, mas não era... Na manhã daquele domingo o Brasil acordava com esta desoladora noticia: todos os integrantes da banda haviam morrido num trágico acidente aéreo.

Vindos de famílias pobres, sobrevivendo com salários de Office-boy, Julio, Bento, Sérgio, Samuel e Dinho venceram por acreditar num sonho. Mesmo tendo o rock debochado que ecoava de seus instrumentos e garganta, considerado ridículo eles não desanimaram. Na falta de em que crer num país com poucas chances de ascensão social os cinco meninos de Guarulhos acreditaram em sim mesmos.  Ganharam espaço, fama, respeito e dinheiro. Selaram seu destino, realizaram seus sonhos da infância e desfrutaram de uma carreira meteórica!

Os Mamonas nasceram para ser pop-stars, para marcar sua geração e deixar para as próximas som pop que nunca será silenciado. O que estes amigos fizeram foi reinvenção da vida e da própria sorte que lhes sorriu, numa noite de abril, quando o vice-presidente da Gravadora EMI assistiu a um show na modesta boate Lua Nua. Levado até lá por Rick Bonadio, produtor musical, que acreditou no talento dos jovens e juntos com eles batalhou por um lugar ao sol. Foi ali que ao subir no palco cinco Chapolins Colorados mostraram seu potencial, usando microfone sem fio alugado, Dinho soltava sua voz, enquanto desfilava seus figurinos adequados a cada canção. Era o fim da Utopia e o inicio de uma realidade a altura do talento daqueles sonhadores.

O sucesso durou pouco mais de 7 meses, o show realizado em 02 de março de 1996 na cidade de Brasília e a volta para Guarulhos na aeronave fretada foram os últimos feitos do quinteto. Com o choque do avião Lear Jet 25 na Serra da Cantareira todos os componentes da banda, piloto, co-piloto, dois assistentes e o segurança tiveram morte instantânea.

O país que ainda lamentava a morte de Ayrton Senna, ocorrida dois anos antes, enlutou-se com a perda de seus jovens talentos. A tragédia que mudou a manhã daquele domingo fez diferença para os adolescentes e crianças daquela época e tornou o som, talento e alegria daqueles cinco meninos eternos nos corações. Até hoje, exatos 16 anos, nenhum grupo musical conseguiu ocupar o lugar que foi e sempre será dos Mamonas Assassinas da periferia, de Guarulhos, de São Paulo, do Brasil e do mundo.

Que a história de vida e a batalha pelo sucesso dos irmãos Sérgio e Bento, e os amigos Dinho, Samuel e Julio, fique de legado para aqueles que ainda estão por vir.

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